terça-feira, 29 de janeiro de 2013

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

cruzada das mulheres

Barraca da Cruzada das Mulheres Portuguesas

A Cruzada das Mulheres Portuguesas (1916-1938) integrou um grupo de mulheres que souberam mobilizar‑se para intervir no contexto da primeira guerra, desenhando campanhas para auxiliar os mais carenciados e os soldados em campanha, principalmente depois da entrada do Corpo Expedicionário nas trincheiras, em 1917.
Mas "a Cruzada não se ficou pelas campanhas de recolha de donativos ou sequer pela confecção e distribuição de bens e agasalhos aos mais carenciados e pelo apoio aos soldados". Isabel Lousada conta tudo, aqui.

sábado, 26 de janeiro de 2013

comércio do minho

O Commercio do Minho, ano 1, n.º 1 (2 jan. 1873)

A folha commercial, religiosa e noticiosa intitulada O Commercio do Minho começou a ser publicada em Braga no dia 2 de janeiro de 1873. Propriedade de José Maria Dias da Costa, que era também o editor desta folha tri-semanária (terças, quintas e sábados), fazia-se à rua Nova e imprimia-se typographia Lusitana. A sua história, que quase completou as bodas de ouro (1873-1922) é indissociável daquele que foi seu director durante cerca de trinta anos: Albano Coelho.


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Robert Smith

Robert Smith by Nuno Coelho by cochinilha
Robert Smith by Nuno Coelho, a photo by cochinilha on Flickr.


O forasteiro que chegue a Braga e for fã dos Cure vai adorar a cidade, pensando que a comissão de toponímia homenageou o vocalista da sua banda favorita. Desenganem-se os forasteiros. Quem a cidade quer recordar é Robert C. Smith, ou Robert Chester Smith (1912-1975), historiador de arte americano que investigou entre nós, nos anos 60, entre outros assuntos, a talha dourada.


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Senhor da Pedra

 cinemateca digital

São desconhecidas as origens da Romaria do Senhor da Pedra (Domingo da Santíssima Trindade). Dura três dias, culmina com uma procissão, e é uma das romarias mais cantadas de Portugal.

Portugal, 1912 | Género: documentário | Duração: 00:03:10, 16 fps | Formato: 35 mm, PB, sem som


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

alliança xyz

alliança xyz by cochinilha
alliança xyz, a photo by cochinilha on Flickr.

Depois das rubricas alliança pixit e alliança esseene, anteriormente publicadas no Correio do Minho - iniciativas que tiveram como objectivos divulgar, por meio de fotografias, o património de Braga e apelar ao contributo dos leitores para a reconstrução da memória da cidade – inaugurou-se na edição de hoje, 21 de Janeiro, um novo espaço intitulado alliança xyz que lhes vem dar continuidade.


A rubrica alliança xyz apresenta-se como uma das faces visíveis do projecto geração xyz - um espaço de partilha de imagens representativas de diferentes gerações da cidade, a partir de uma selecção de fotografias do Arquivo Aliança, em depósito do Museu da Imagem desta cidade.


A Velha-a-Branca tem patente até ao dia 31 de março a exposição o tempo da imagem, visitável de quarta a sábado das 21h à 1h e domingo das 18h à 0h, outra das faces visíveis deste projecto.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

histórias de embalar


Os sabonetes, ou o papel que os protegia e os desenhos que levava impresso, tal como os postais, serviram para levar a cidade e o país pelo mundo fora.
Depois do debate desta quarta à noite (sobre o negócio da compra do edifício onde a Saboaria e Perfumaria Confiança funcionou desde 1894 até 2005) fiquei ainda mais contente por me lembrar que a história da imagem gráfica da Confiança está ser escrita por Nuno Coelho
Pelo andar da carruagem, será este o mais importante legado que restará da memória da Confiança (para além da fachada do edifício).

para embalar sabonetes @catarinabasso


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

As festas ao S. João

Ornamentações no Parque da Ponte, Mira Neves, 1913.


Depois do Circuito do Minho, a reportagem bracarense que se segue - ainda no número inaugural da Ilustração Católica (5 jul. 1913) - diz respeito ao S. João. Na última página da revista publicam-se duas fotografias sob o título “Festas a S. João em Braga”: a primeira, da capela do santo precursor “onde se realizaram as solemnidades religiosas”; a segunda um “aspecto das illuminações e ornamentações na avenida do Parque da Ponte que vae dar á capella de S. João”.
São ambas identificadas como sendo clichés da propriedade da Ilustração Católica, mesmo que a segunda tenha o carimbo do fotógrafo Mira Neves. Não se revelando o brilhantismo que as festas bracarenses desde sempre tiveram, estes clichés despidos de gente, não deixam contudo de ser evidência da importância que as festas ao S. João têm para a cidade.
Duas imagens “soltas” apresentam ainda a capela e as pontes de S. João da Ponte, acompanhadas de legenda explicativa: “Foi n’este pittoresco local que se realisou a romaria e feira de S. João, com enorme concorrência”. Parece que naquele ano de 1913 o programa foi cumprido de forma notável, com iluminações e fogo de artifício deslumbrantes, e os festivais, modelos de arte e de bom gosto.

[a cochinilha no braga semanário]

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

escripta à pressa

Arrayollos 27 de Julho de 1909
Minhas queridas manas
Em primeiro logár desejo que esta as vá encontrar de perfeita saúde; eu cá vou indo mal com os meus cálos. Mana Conceição tenho-te a dizer que a mana Joaquina deu à luz uma robusta menina. Mana cá recebi a tua carta na qual vi que disseste que a mãe tinha ido para Lisboa, inda bem, haver se mata as saudades. Mando-te dizer que me digas em que dia são os meus exames de 2.º grau porque cá dizem que é num dia que a professora não lhe parece que sejam, por isso vá se saber o dia certo, e assim que saibas manda-me dizer; eu tenho feito muitas despezas, o dinheiro que me mandaram já o gastei e não chegou, as professoras tem-me dado muita coisa que depois tenho que pagar, olha eu cá ofereci a nossa casa à professora mas ela disse que não, porque se for vae para casa da Albina que é uma amiga; que lá irá umas vezes por outras mas de todo não; porque parece mál à outra; agora a ver se me podes mandar dinheiro para o comboio porque a mana não mo pode dar. Saude até á vólta, não tenho mais vagar para mais, recebam beijos de todos e as minhas manas recebam desta muitos beijos e abraços que as deseja ver e abraçar. Em escrevendo a mãe manda muitas saudades que também desejo vêr e abraçar.
Desculpa de ir tão mál feita porque foi escripta à pressa.
Francisca
Recebam saudades da professora e da familia della
O menino da sr. Joaquina cada vez mais bonito

Mesmo não havendo vagar para mais e apesar das incorrecções, a distância que nos separa desta carta não deveria justificar a ausência de palavras inteiras nos meios de comunicação mais recentes. Para onde estamos a caminhar?
Falamos tanto e tão pouco...
[a cochinilha nos postais ilustrados]

Publicação em destaque

as fontes discretas

já no distante ano de 2009, Maria do Carmo Serén publicou um artigo sobre a minha tese de mestrado, a que chamou de " as fontes discre...